20/01/2014

a "era do não" e a primazia do "value for money"

disclaimer: este texto é a adaptação de um post que escrevi em 2009 num blog que já não mantenho actualizado. Porque ao ler o post 4 anos depois vi o seu significado reforçado, recupero aqui o texto, com actualização do tempo verbal :)















'o título da entrevista de Maurice Lévy (à data presidente da Publicis) em Janeiro de 2009 ao Le Monde dizia tudo: "Le consommateur est en train d'entrer dans l'ère du non" isto é "o consumidor está em vias de entrar na era do não". E o que queria Lévy dizer com "entrar na era do não", que implicações para o "business as usual":

nas palavras de Lévy:
"Durante mais de trinta anos, temos vivido em torno da ideia de que poderíamos ter tudo de uma vez. Eu acho que esse período acabou e o consumidor está agora a entrar na era do não: "Não, eu não posso ter tudo. Não, eu não consigo suportar esse estilo de vida..." O sistema baseado na acumulação já não funciona porque os indivíduos, empresas, governo, sociedade em geral já não o conseguem manter e têm por isso de fazer escolhas."
este indicador de comportamento futuro deveria por isso ter introduzido que mudanças na gestão das marcas...
"Confrontado com uma crise, precisamos de tranquilidade. Mesmo que a mensagem seja divertida e atraente, ela deve insistir na qualidade do produto ou do serviço, o que os anglo-saxónicos chamam de "value for money". O que as pessoas devem pagar um valor real."
tratava-se assim de abandonar a massificação "para dar lugar a um consumo mais selectivo, com base no conceito da sustentabilidade". A esta altura já todos (deveríamos) saber a resposta à pergunta, onde fica / qual o papel do marketing? a resposta de Lévy:
"Assim, parece que o marketing e a publicidade só estarão em condições de vender (bem) se souberem passar a mensagem de "valor"."
a conclusão é evidente: a liderança passa (vai passar) a estar nas mãos de quem melhor souber apresentar esta mensagem de valor! de 2009 para cá, o desafio (ainda) continua, e nem toda a gente soube (sabe) como sair dele com sucesso'

acho que "chutamos" demasiado rápido para canto os indicadores de comportamento futuro que nos vão dando, independentemente da razão. Ouvir e parar para dar significado ao que algumas pessoas dizem devia fazer parte da "to do" list de todos nós

os interessados podem ler a  entrevista completa aqui. Aconselho vivamente

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